19 de ago. de 2008

Mais uma Carta Louco Suicída e Inflamável

Parei por uns segundos diante do espelho enquanto lavava as mãos, resolvi mirar o tal vidro refletor e observei que meus olhos não carregavam mais brilho, somente uma nata amarelada sem emoção, um líquido qualquer que faz minhas pálpebras deslizarem, mas aquele brilho dos olhos de quem vive e é feliz não consegui encontrar.
Totalmente sem criatividade é o quarto texto que escrevo hoje, tentando postar algo aqui sem resultados. Vou pegar um dos velhos rascunhos que não tive coragem de postar e por aqui, a melancolia é grande. Não sei se é só o trauma pós quase-morte, ou se são os problemas familiares e escolares, sei que vou postar um poema antigo e tosco.

Mastigo a minha mente
Cheia de idéias e manias
Penso no futuro
Como um precipício suicida
Num golpe puro e desolado
Defeco minha mente
E ainda digo que são versos,
Prosas e poemas, mas nada é verdadeiro

Me prendi neste trem sem vagão
Fazendo da mente pura poesia
E quase que sem perceber
Construindo minha própria monotonia
Ao som de um lento blues

E o que não rima eu fico procurando
Mas todas as palavras parecem ter um certo encanto
E vão rimando assim sem dó, nem lá

E mastigo a minha cara
Pintada num espelho cego
Bolero leve
Que me leve daqui
Num sopro de vento

Um dia eu até tento
Mas hoje só pergunto aos sete ventos
Qual a dor de quem pula um precipício?
Inflamavél carta do desgosto
Mais um dia sobreposto, mais um

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