26 de jun. de 2008

Dentro da minha cabeça, fora da realidade


É estranho pensar que neste momento longe do meu quarto, tudo que é meu vive uma realidade. Enquanto eu deito sobre a cama e penso sobre os mais variados assuntos, estes assuntos estão pensando em outros.
Enquanto penso no próximo jogo do meu time, os jogadores treinam. O mais complicado é pensar que eles treinam de verdade, eu consigo imaginar a cena deles treinando tranqüilamente, bola à gol, bola pro alto, correr em volta da quadra. O difícil é sentir. Da mesma forma que sinto o travesseiro afundado pela minha cabeça, ou o cobertor que me cobre. Não consigo sentir a bola sobre meu pé, não consigo apalpar os cones que tais jogadores correm em volta.
É estranho a mente humana, um verdadeiro cinema. Enquanto penso na prova de segunda-feira, imagino possíveis questões, meu aflito, a conversa na sala... crio uma imagem, vejo o rosto de cada um de meus colegas, ouço a voz da professora ecoando pela sala.
Saio totalmente da realidade, despercebo a voz da vizinha que entra pela janela, ou o ruído do computador ligado ao pé da cama.
Como posso imaginar alguém? Todas as pessoas que imagino têm suas imagens guardadas dentro da minha cabeça? E as pessoas que crio? Que imagino quando alguém tenta me descrever?
Essas imagens não-apalpáveis dentro da minha cabeça são estranhas, elas se tranformam em filmes, fotografias, quadros, idéias... outras vezes até em textos.
Imaginar para mim, é quase chegar ao nivarna, eu realmente vivo o momento que imagino, vivo a estrada que caminho no meu pensamento, vivo a aula que assisto deitada sobre a cama. Só não apalpo, não sinto o lápis escorregar em minha mão, não sinto mais nem o travesseiro afundado pela minha cabeça.
O pensamento me eleva. Saio da realidade, mas também não chego integralmente em outro mundo, deixo para trás o tato, sempre esqueço de levá-lo na bagagem. Ah idéias, que mal elas fazem. À que nirvana elas levam.

24 de jun. de 2008

Meu Mal Hábito da Leitura.

Dizem que o primeiro livro a gente nunca esquece, mas eu esqueci. Lembro que na 1ª série a professora lia todos os dias um trecho do livro "O Barquinho Amarelo", acho que foi o primeiro que ouvi alguém ler. Mas o primeiro que li... não sei. Na estante da minha casa tinham vários livros de uma coleção que já não me lembro o nome, os livros variavam de Alice No País das Maravilhas, Os Três Porquinhos, Os Quatro Amigos, e mais alguns. Foi com eles que comecei a ler, o primeiro de fato, eu não sei.
Depois deles li alguns à pedidos da escola, e apenas pela escola se deu meu incentivo. Nunca tive o incentivo dentro de casa, claro... minha mãe sempre disse que ler é bom, meu pai sempre gostou de livros, jornal e revistas. Mas aquele empurrãozinho de me dar um livro de presente, e de vê-los realmente lendo sempre à ponto de me dar vontade de ler, não... nunca tive.
Talvez seja por isso meu mal costume com leitura, este ano já perdi a conta de livros que abandonei pela metade, mas eu tenho uma justificativa...
Realmente os livros me impressionam durante o decorrer das páginas, leio até os últimos capítulos com um agilidade enorme, mas quando vai chegando ao fim já me bate uma saudade antecipada do livro, não quero chegar ao fim, aquele livro que me acompanhou durante uma semana, nas horas mais solitárias, aquele livro que pesou minha mochila por uma semana agora simplesmente vou terminá-lo e depositar na estante? É difícil terminar o livro, perde aquele mistério do fim, nessas horas perco a curiosidade, não quero saber o fim, quem morre, quem vive, o que acontece.
E esta mania de não querer saber do fim, tem me feito abandonar todos os livros pela metade, Anjos e Demônios, 1968 - O Ano Que Não Terminou, e tantos outros. Até mesmo meu próprio livro, que escrevo o mínimo possivel para nunca chegar ao fim. Acho que se eu realmente escrevê-lo, não vou dar um fim à história, porque realmente odeio saber o fim.
E são tantos livros na estante sem terminar de ler, às vezes pego eles meses depois e termino só para falar "já li este livro". Não sei se por mal costume, ou preguiça. O fato é que as histórias que se passam pela minha cabeça nunca têm fins. Talvez venha daí minha dificuldade em concluir textos.
Então que fiquem assim, sem conclusão mesmo. A La Lílian.

23 de jun. de 2008

Isso é tudo pessoal!

Não me lembrei o que queira publicar.
Mas mesmo assim, vim me despedir po hoje.
E... na verdade criei este blog para aprender a escrever, passar idéias pro papel. O que não tem adiantado muito. Mas tenho percebido que se à toda hora que eu tiver uma idéia anotá-la completa, talvez um dia eu tenha a disponibilidade de editar tudo e transformar meus questionamentos bagunçados todos, em algo útil.
Quero dizer, algo meno inutil. Até porque querer transformar meus textos em utilidades seria meio complicado.

Filosofias de Cozinha

Acha mesmo que só me vêm boas idéias no banho né? Errou! Na cozinha, na sala de aula, no quarto, em todos os lugares. Exceto na hora que sento em frente ao computador e digo: têm dias que não posto nada, tenho que dar um jeito.
O lugar que mais me inspiro é no sono "como assim?". É o seguinte, quando já estou bamba de sono na minha cama, pensando em parcelas por não conseguir manter o cerébro ativo por um minuto consecutivo me vêm frases extraordinárias, daquelas que me dão a certeza de fama eterna mas... booum. Dormi! E no outro dia provavelmente vou gastar 1 hora deitada na cama antes depois de acordar, evitando levantar, simplesmente tentando lembrar. Mas não da certo.
E hoje a filosofia que me veio foi na cozinha.
Na verdade já nem lembrava mais que era por isso que comecei o texto, só lembrei por ter olhado o título. Era algo sobre in... inexplicável? Algo do tipo.
Não me lembro, um minuto por favor. Lembrei, \o/ pela primeira vez lembrei:

"E quem explica o inexplicável? Bom, se explicassem não seria mais inexplicável certo? Mas talvez se conseguissem explicar ele ainda seria inexplicável. E isto seria uma coisa inexplicável. Mas..."

Foi isso, foi sim. Que tanto de "inexplicável"!
Vou tentar postar outra coisa que eu tinha pensado.

Filosofias de Banheiro - Já Perguntei, mas me esqueci

Começou mais uma vez no banho, a lembrança de uma conversa distante, e pensando em pensar, em lembrar daquela lembrança, do dia em que conversamos sobre família e... aah minha amiga não é filha única tem um irmãão o... como é mesmo o nome dele? e ele moraa em... onde mesmo? Depois disso eu tinha que desabafar com alguém, e mais uma vez sobra pros meus não-leitores. Não-leitores, porque eles simplesmente não existem. E insisto em dizer... ainda!
Eu sei que já perguntei duas vezes à minha amiga o porque o irmão dela não mora na casa dela, mas não me lembro, não mesmo. Ele não é casado que eu sei, mas não sei se mudou por livre espontânea vontade, se estuda fora, de mora na mesma cidade, se já se sustenta ou é sustentado pela família.
Mas eu tenho certeza que perguntei duas vezes, ou melhor me lembro de duas, talvez tenham mais que eu não lembre. Ficar perguntando sempre a mesma coisa é chato, então não vou perguntar, e se um dia o assunto surgir dou um jeito de pergunar discretamente. Minha sorte é que o irmão dela morar onde quer que seja, não me faz diferença. Porque as vezes também esqueço de perguntas que vão mudar a minha vida. Como o nome daquela menina que eu estudei no primário e até hoje me liga no meu aniversário, e por sinal não sei nem quando ela faz aniversário.
Ainda tem aquela mãe da minha amiga que eu já fui na casa dela, e a mãe dela sempre me trata muito bem, mas nem sei como responder, ou chamá-la... dou uma de "a Senhora...". E estes fatos se agravam cada dia mais, as vezes esqueço meus horários... Outras vezes demoro pra responder meu próprio nome. O medo é de acabar me esquecendo quem sou eu. É se bem que isso eu nunca soube responder.

Filosofias de Banheiro


Filosofias de Banheiro, talvez seja uma coluna que eu inicie, ou nunca vá para a frente, mas o fato é que minhas inspirações só vêm ao banho. E fico repetindo meus pensamentos para não esquecer antes de escrever, ou passar para alguém... e a vontade vai agonizando.
Eu saio do banho, troco de roupas, busco minha janta. E quando me sento aqui, tudo se evapora. Aqueles pensamentos sobre comparar o ano marcante de 1968 com, 40 anos depois, 2008 se vai. Aquela grande idéia de um lindo poema sobre o Brasil? Pareço nunca ter sentindo a vontade de falar sobre isso. Tudo some.
Some, inclusive as idéias que eu tinha para a "inauguração" desta "coluna".
Nem me lembro mais o que eu queria falar nas próximas duas colunas que já estavam planejadas na minha cabeça, e é por isso que tenho textos tão ruins. Se o computador ficasse deibaixo do chuveiro... quem sabe eu teria ótimos textos?
Enfim, antes que o pequeno rastro de minhas idéias terminem de sumir, vou logo pro próximo post.

Apresentando trabalhos...

Apresentar trabalho na sala de aula é sempre difícil, mesmo quando você é um professor, acostumado estar a frente da sala, se um dia tem de apresentar numa pós-graduação, palestra ou qualquer coisa, lhe corre o frio na barriga.
Frio bom, alguns reclamam dele ... mas é bom, você sente a hora se aproximar, o relógio parece fazer seus tics um pouquinho mais alto. E todo aluno sabe o quanto é difícil explicar a matéria em partes, um grupo apresenta uma parte, outro apresenta outra, e dentro do seu grupo ainda tem as divisões.
Mas isso é o de menos, tem seu ponto positivo "não tenho que falar tudo", mas você tem um limite de tempo. O meu era de 5 minutos, para falar da vida inteira do Nietzsche. Ele é um fenômeno, como resumir em 5 minutos? Acha que é exagero? Então vou explicar.
Uma aula tem 50 minutos, eram dois grupos, cada grupo tinha 25 minutos certo? Meu grupo tinha 5 pessoas, 25/5 = 5, eu tinha 5 minutos.
Mas fazer o que... ele é meu ídolo, pra apresentar o trabalho lí criticas, a vida dele, livros e tudo que eu tive direito, eu sabia demais pra pouco tempo, não sabia o que cortar na hora de falar. E o frio na barriga foi chegando, desta vez não era um frio por desespero e medo de errar, era um frio por medo de não conseguir resumir em 5 minutos. Mas não adiantou tentar, e pular livros e casos interessantes. Eu gastei meia hora. Acabou a aula e não terminei de apresentar. E ainda faltou um no grupo. É nessas horas que a gente ganha apelidos de nerds, de falante, e outro mais. É nessas horas que dá um frio na barriga por saber demais sobre determinado assunto.
Ai vim fazer um texto né? Desabafo!
Era pra ser um texto sobre variados tipos de apresentação de trabalho... como aquelas que o aluno lê milhões de vezes seu pequeno resumo, e ainda assim não consegue nem saber sobre o que ele está falando. E durante a apresentação ele tem de ser ator, ler uma frase no papel, tentar falar de forma espontânea e ainda tirar o olho do papel e dar aquela olhadinha pro professor sem errar as palavras. Deus sabe o quanto é difícil.
Mas eu falo destas coisas um outro dia. E o fato do texto ter ficado ruim, era só saber demais sobre o assunto, outra vez. Tenho tantos comentários à respeito e não dava para resumir.
Ninguém lê aqui, e se eu continuar com imensos textos. Nunca alguém animará meesmo.

21 de jun. de 2008

Poluição Mental ainda não é crime?

Me peguei pensando: se poluir o ambiente é crime, ouvir som alto também (poluição sonora, pertubação da paz), e tantas outras poluições são crimes, porque poluição mental não é crime?
Até outro dia as leis de poulição ambiental não eram cumpridas corretamente, hoje depois de alarmantes previsões do fim do mundo o assunto é top, e derrubar uma ávore é um crime bem mais agravante que matar uma pessoa. Até outro dia, som alto era crime apenas das vinte e duas horas , à poucos dias fiquei sabendo de pessoas que tiveram seus carros apreendidos por passarem na rua com som berrante e pertubarem a paz alheia, mesmo que durante o dia.
E a poluição mental? Por enquanto é só um assunto para ser debatido em sala de aula, "BBB não é cultura", "Funk não é música", e outros "blablabla's" quando é que vão perceber que ligar a tv para ver Big Brother Brasil é tão ridículo como matar alguém? Afinal é homicídio ao cérebro, não... é suicídio do cérebro, e às emissoras que passam estes programas que pertubam a mente de seus telespectadores com fortes estratégias de marketing deveriam responder por homícidio da sanidade alheia.
O Funk que era só para ser um ritmo musical, hoje é um estilo de vida que leva muitos à tornarem-se pervertidos, estrupadores, ladrões, traficantes. O BBB que era apenas um programa, fazem pessoas como a Irislene, cometerem loucuras para passar 3 meses em uma prisão domiciliar de luxo, com outras 13 pessoas, em busca de um milhão de reais. O que pode tornar mais agravante e causar depressão em pobres menininhas que começarem a ter o programa como uma meta de vida. E quero ver como as outras emissoras vão atacar o programa da Globo que mantêm seus programas de fofoca em alta durante o período do programa. Período que eu inclusive, prefiro evitar ligar a Tv.
Enquanto isso, a mesma emissora, paga 100 mil ao aluno que consegue vencer o soletrando, que de certa forma, é bem mais culto que o que vence o Big Brother Brasil, compartilho da opinião do escritor Délio Pinheiro que disse que: "
A Globo acerta ao dar 100 mil para um jovem estudante tão hábil com as palavras, mas presta um desserviço ao dar 1 milhão para um imbecil que ganha o BBB. Deveria ser o contrário." E ainda acrescento, nem ao contrário deveria ser, o segundo programa na verdade deveria deixar de existir.
Mas voltando ao assunto, quando é que vão proibir programas que poluam a mente? Quando vão proibir músicas que desculture uma pessoa? E outros.
E caso alguém pense que: "se for assim só vai passar jornal e programas educativos, nos deixando sem diversão." Respondo que falta de culturanão é entretenimento, e em segundo que desenhos animados, e outros programas que não viciem uma pessoa à ponto de que ela passe a viver daquilo não deveriam ser tirados da Tv, continuando a entreter os que preferem se afastar da cultura, já que esta forma personalidades com características próprias e opiniões diversas, sobre os mais variados assuntos, montruosidade essa tal cultura! Ah, e mais... quem disse que cultura não pode ser diversão?
Mas as novelas que esvaziam a internet em seus finais, que tornam-se debates de "quem matou fulana", e previsões de programas de fofocas, elas também deveriam ser tiradas da programação.
E é por isso que dou vivas à canais como Futura, Cultura, Canal Brasil e também a Rede Brasil.

20 de jun. de 2008

Relançamento

Por um momento a idéia do blog era apenas um local para arquivar meus textos, idéias, imagens e também para aprender a mecher um pouco mais no com blogs. Portanto, não o divulgaria. Mas comecei a divulgar para algumas poucas pessoas. Que sejam bem-vindos!

Vou deixar aqui o meu e-mail, caso seja algum dia útil: lilian_alcantara92@yahoo.com.br

19 de jun. de 2008

Todo fim

E todos os dias felizes
Depois de muitos anos
Serão só mais uma fotografia
Naquele velho álbum de retratos

Todo homem no fim,
Será só uma recordação na parede do quarto
Um sepulcro a mais no cemitério

Toda voz que ecoa pelas paredes
Um dia seca, e só permanece gravada no teu vinil




Dito por aí

[Enquanto fiquei esperando o telefonema, me veio na cabeça o velho dilema.]
[É, tem dia que dá vontade de vestir de palhaço e visitar alguém com câncer.]
[Tem dia, que penso em pegar o violão e te fazer uma canção.]
[Entre colchetes cabe qualquer segredo.]
[Explica!]
[Depois que descobri que era triste, as tardes ficaram mais azuis.]
[Nem toda palavra é o que o dicionário diz.]
[Escrito a lápis não tem melodia, escrito em cordas é poesia.]
[Cuidado com você!]
[Quem ama, engana.]
[A vida sobe, a morte desce.]

Poema de Bolso

A cara pintada no espelho
Um cigarro no canto da boca
Se o teu corpo é quente
E a minha mente é fria
Outra hora a gente põe isso no morno
Mordomia
Pra tudo que eu faço
Tem sempre um palhaço
Pra perguntar o porquê
Não faça dos miolos a tripa
Que o coração dissipa
Larga a bobeira de ser mão
Porque a mão que é bobeira perde a estribeira

Lílian Alcântara

Desespero

Tomando um vinho
Sentado no chão
Procurando no vazio
Alguma razão.
Porque a vida é tragédia
Tem dias que parece até comédia

A gente dorme no escuro.
No meio da escuridão,
A noite pra mim é pura ilusão

E o mundo ilumina
As idéias mais loucas
E se faz de palco o hospício
Pra quem tenta iludir a vida
E interpretá-la mais feliz

Sentado na mesa de um bar
Procurando na bebida
A felicidade e o luar
Um lugar!
Mas tem medo de ir lá fora
Pra ver a lua mais de perto
O sereno nos deixa meio incerto
Um deserto!

Dias depois, você pode voltar
No mesmo lugar
O sangue ainda vai estar lá
Demora anos pra sumir
Aquele que sempre esteve ali

[E é só mais uma noite de pura ilusão
Amanhã você acende a luz e tudo não passou de um pesadelo
Mas se você se levantar e seguir até a sala de jantar
Depois não pronuncie o que lá encontrar]

Lílian Alcântara

Carta Inflamável

Escrevera sua carta de suicídio
Carta Inflamável
E o circo pegou fogo
O palhaço parecia a mula-sem-cabeça
Por cima do paletó saia fogo
Fumaça!
Tem horas que a vida embaça.
Mas quem é que contraria
O poeta já dizia
Todo mundo morre
E sempre é cedo o dia

Carta Inflamável
De um poeta num trem sem vagão
A vida vem e vai sem razão
Se todo homem sentisse
O dia que fosse morrer
Deixaríamos cartas-louco-suicídas
Despedindo de cada despedida

Carta Inflamavél
E cada homem sábio
Morre louco enquanto descobre o que é a vida
Carta Infamavél
Um dia você recebe a sua
Pelo correio ou numa mesa de baralho

Lílian Alcântara

Viver...

Viver é sentir saudades, é amar, gostar, pular, gritar, rir, chorar. Viver é escrever poema, criar dilema, é crescer, e não deixar de ser criança. É querer algodão doce do palhaço e ganhar um beijo ou um abraço.
Viver é aprender que tudo que a gente chora, é pra entender o que é felicidade quando ela chegar. Viver é odiar uma pessoa e derrepende desculpar. É ficar esperando que aquela pessoa ligue, é ligar por não agüentar esperar. Viver é ter que ver tudo para aprender. É dar o ombro a quem chora, procurar o colo de quem te ignora. É amar de verdade, viver com toda intensidade, e não arrepender de nenhuma lágrima.
Viver não é estar vivo. Não basta a sobrevivência, tem que ter uma pequena porção de experiência, gritos, pulos, sorvetes, papéis, pátio, desenhos, olhares. Viver é tudo. Mas nem tudo é viver.

Lílian Alcântara

Todas as Cores do Amor


São poucos os filmes que chamam minha atenção, não gosto muito de filmes que tratam do assunto "amor", por serem muitas vezes melóticos e irreais tratando tudo como um mar de rosas. Mas o contraste que 'Todas as Cores do Amor' provoca diante destes filmes, mostrando o bissexualismo e homosexualismo de uma forma bem natural foi o que me chamou a atenção. Sem dúvidas este filme entrou pros meus preferidos, juntamente com algumas de suas falas como o início do filme sobre os peixinhos dourados só terem 3 segundos de memória, e a comparação disso com o amor.
Como não tive uma idéia para finalizar o texto, postarei a crítica do filme.

"O amor sempre foi tema recorrente do cinemão, o dito comercial, põem um tema fácil, uma bela atriz, um galã, uma trilha sonora pra lá de diabética e pronto, bilheteria gorda na certa, nem sempre é claro, mas as vezes, pode ainda correr o risco de ter a canção melosa mor do filme indicada ao Oscar e blá, blá, blá...
Felizmente, nem só de idéias comuns vive o cinema ao redor do globo, “Todas as cores do amor”, trata do tema amor de uma forma liberta, clara, objetiva, sem grandes filosofias: o homossexualismo, a descoberta do mesmo dentro de uma relação hetero, um filho em uma relação lésbica, professor universitário próximo dos 40 tentando descobrir o amor e a fugir do mesmo.
Angie é uma repórter de televisão, lésbica, sonha em ter um filho, mas, não consegue nem mesmo manter uma relação, Red, seu melhor amigo, está se envolvendo com David, que se diz hétero, mas interessado em Red, resta saber o que fazer com a sua namorada, Tom, o professor universitário, acha que só as garotas de 22 anos são interessantes, mas o que será que elas pensam dele?
São assim, estes jovens irlandeses, vão tentando se encontrar, acreditar no amor, neste mundo caótico. Em uma Irlanda diferente, os antigos valores religiosos dão lugar a estes jovens, que tentam entender as tantas dificuldades do tal amor, e a clássica pergunta permeia entre todos, o que é o amor, ele existe? Além deste roteiro inteligente, há a excelente direção de Liz Gill, que também assina o roteiro, a fotografia com um tom naturalista, e outra coisa a nos orgulhar, uma trilha sonora 70% bossa nova e com várias versões para músicas do mestre Tom Jobim."

17 de jun. de 2008

All Star - Nando Reis



Eu sempre tenho uma música preferida, ela muda muito. Já foi Mesmo Que Mude - Bidê Ou Balde, já foi More Than Words - Extreme, e milhares de outras. Ultimamente eu recomendo, uma que todo mundo conhece, e foi até regravada. Já dita no título All Star - Nando Reis.
Eu não sei porq faço recomendações aqui, cheguei a uma conclusão: não mostro pra ninguém porque não tenho segurança, e não escrevo pra mim mesma porque estou tentando fingir que escrevo pra alguém pra ver se gosto do que escrevo e crio segurança. Lindo!
A escolha da foto foi porque sempre imaginei um CD Perfil de um cantor com uma foto do cara de perfil. E esta foto me fez relembrar esse velho sonho de convencer um cantor a fazer assim.

Nando Reis - All Star


Estranho seria se eu não me apaixonasse por você
O sal viria doce para os novos lábios
Colombo procurou as índias mas a terra avistou em você
O som que eu ouço são as gírias do seu vocabulário

Estranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali e entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem ficou pra hoje

Estranho mas já me sinto como um velho amigo seu
Seu all star azul combina com o meu preto de cano alto
Se o homem já pisou na lua, como eu ainda não tenho seu endereço
O tom que eu canto as minhas músicas para a tua voz parece exato

Estranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali e entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem,laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali e entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem, ficou pra hoje

A minha tia-avó

O nome dela era Ana, aprendi a chamar ela de Madrinha Ana, porque é assim que ela gostava. Irmã da minha única avó viva, apesar de tanto ter a difamado pelas suas chatices, foi ela quem me mostrou como era o mundo antigamente, ela me ensinou que meninos não misturavam com as meninas, e que quando não se tinha televisão a opção era se juntar às primas, já que primos não podiam, e estabelecer no quarto mais mofado da casa, ela me ensinou não oferecer comida para as visitas. Calma, já vou explicar.
Era baixinha, 1,60 imagino, um pouco gordinha, cabelos cortados bem baixinhos, um brinco de pedrinha na orelha, um daqueles óculos de grau antigos que parecem ser escuros, um vestidinho todo cheio de florzinhas e olhos verdes. É quase tudo que me lembro, tudo para ser a tia-avó fofa pela qual, quando morreu, eu sentiria falta. Mas não, Madrinha Ana era brava, não gostava de meninos e meninas no mesmo quarto, se me lembro bem já castigou a mim e aos meus primos, fazia perguntas de sogra, e sempre foi a tia chata da família, aquela que faz todo mundo cruzar os braços quando tem que visitá-la no domingo, e preferencialmente não comer nada, pois não oferecia nada comestível de verdade.
Talvez por ser tão chata que seu marido morreu cedo, meu pai conta que: "com meses de casados ele já não agüentava ela mais, resolveu suicidar. Foi lá na nutricia e ia pular no rio, mas com medo de não morrer, amarrou uma corda na árvore em cima do rio "'se eu não morrer enforcado, caio no rio e morro afogado"', mas não era sulficiente a chance dele morrer era de só 200%, comprou um copo de veneno de rato "eu tomo o veneno, subo na corda e enforco, se não morrer envenenado, morro enforcado, ou afogado", ainda assim o risco de sobrevivência era grande, o medo de ter que voltar pra casa fez com que ele comprasse um revólver, agora sim "'bebo o veneno, me enforco depois me dou um tiro, ou morro envenenado, ou de tiro, ou enforcado, ou afogado". O plano era perfeito. Mas não foi infeliz de atirar na corda, não conseguiu se enforcar, caiu no rio vomitou o veneno, e foi salvo por um homem que passava perto".
A desgraça era tanta que ele morreu pocuo tempo depois.
Madrinha Ana não, viveu para atormentar os sobrinhos-bisnetos, já que não tinha nem filhos. E foi assim, no fim de sua vida dizem que deu tempo de pagar todos os pegados nos 3 anos entrevada em cima de uma cama.
Mas as tardes de domingo que perdi sem poder jogar adedanha com os primos não foram recuperadas.

Drummond - Segundo Lílian

No Meio do Caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.


A Natureza é Bela

A natureza é bela
Bela é a natureza
É bela
A natureza é bela

Nunca me esquecerei dessa beleza
nas vias próximas a BR
Nunca me esquecerei que a natureza
é bela
A natureza é bela
É bela a natureza



E porque o dele ficou famoso e o meu não? Só porque as pedras dele tinham explicação? Eram pedras nos rins? Azar! A minha tbm tem explicação, é a foto ali. Me inspirou.

Segundo Lílian

Segundo Lílian, segundo eu o quê? Bom, segundo eu a batucada da macumba ao lado da minha casa é mais melodica que qualquer ópera, mas peraí... quem me perguntou? Ah, se o nome do blog é "Segundo Lílian", talvez quem venha aqui queira saber minha opnião ou meu ponto de vista, quer saber de algum fato segundo Lílian, (segundo eu). Oq? Mas ninguém tem o link, como vem aqui saber minha opinião? =/
Meu se vc descobrir este blog e quiser saber a minha opinião sobre algum fato é so mandar o assunto pro meu e-mail e as perguntas que eu posto aqui blz? ai ó e-mail: lilian_alcantara92@yahoo.com.br
Tsc tsc.
Eu sou muito confusa, eu acho, segundo eu... eu tenho vocação pra filósofa, afinal pra mim filosofia é pensar sem pensar tipo "o quadrado dos retangulos é um círculo" eu pensei, pq escrevi... mas não pensei noq escrevi antes de escrever. Tálegal?
E ainda tem uns pra falarem que eu tenho cara de jornalismo, q? jornalismo eu. . . haha.
1- Eu não sei passar informação
2- Eu não sei escrever
3- Eu ia deixar meus leitores confusos
E que me desculpem os jornalistas, mas todo mundo que não quer fazer exatas acaba fazendo filosofia, letras ou jornalismo. E quem tem vocação pra jornalismo mesmo são poucos. Eu não to neles.

E ai. concluimos oque do post?
sim. Tô com o cérebro paraplégico. =)

< digite aqui o seu título >

[ digite aqui o seu texto ]

16 de jun. de 2008

Ídolo

Caso Oi






Já venho debatendo o assunto faz tempo, debati em comunidades, em sala de aula, roda de amigos e todos outros lugares que tive a oportunidade.
Mas vamos lá, o fato é: A oi vai dominar o mundo.
Não entrem em pânico, não se joguem pela janela, nem parem de telefonar. Calma!
Tudo começou com um plano muito bom, cientistas pesquisaram a mente humana e aprenderam a dominá-la. Para ter certeza que o domínio era bom, introduziram ao vocabulário a palavra "Oi": um cumprimento simples. Hoje, todos nos cumprimentamos assim. Estava comprovado intão o poder daqueles que possuíam o tal segredo.
E como toda arma que poderia ter sido usada para o bem, caiu em mãos erradas e começaram a usar o método para a criação de uma forte empresa, tudo com suas devidas cautelas.
Primeiro era uma companhia de celular, que cresceu com suas inúmeras promoções meramente calculadas, e fez seu marketing maior com a revolução, conhecida popularmente como "Quem ama bloqueia". A companhia depois de montar uma forte base na linha telefônica móvel, comprou a Telemar, antiga Telemig, a Velox, além de ser também um provedor de internet banda larga e banda estreita. Calma meus rapazes, ainda tem mais, agora investe também no tal de Oi Paggo, que não seria nada mais nada menos que um cartão de crédito no seu celular.
Enfim, dominando os meios de comunicação, tanto internet como telefone, e agora os cartões de crédito? Tudo que esta empresa quer é criar um capitalismo monopolista dentro do país, já que hoje a democracia perde para o capitalismo. A Oi lança com todo orgulho então a campanha para crescer e monopolizar a comunicação. Q? Comunicação = Oi? Olá? Ei?
Isso porque ainda nem chegou em São Paulo.

À propósito, meus propósitos

Escrevi umas sete linhas e resolvi apagar, era todo um discurso de que apesar do título trazer uma seriedade ao blog, não pretendo ser séria, muito menos enviar o blog para outras pessoas.
Tá eu não sei o que escrever neste post, como ninguém vai ler. Da-lhe lançamento.
Tão cortadas as fitinhas belez?



E se alguém descobrir meu blog? Será que me interna? Não sei, mas caso algum dia eu mostre, ou descubram, que vejam apenas os próximos post's.

Beigos aos meus amigos imaginários que são meus fiéis leitores. =)