1 de set. de 2008

Bipolaridade é pouco

Escrúpulas idéias que consomem meu ser. Um estranho ser que nunca conheci por inteiro, não sei quem sou. Mal mal sei do que gosto, mesmo assim tenho dúvidas. Um oco me confunde, e ninguém nunca entenderá, nunca.
Coisas que eu nunca quis, nunca parei pra pensar... me tomam por inteiro num segundo só, antes que dê tempo de piscar os olhos, para não ver, já me transporto pra porta do elevador e estou lá mudando minha vida totalmente.

Nascemos uma luz branca, refletindo todas as cores. Com o passar do tempo selecionamos as cores certas e montamos nossa reflexão. Uns viram uma cor só, outros viram duas. O fato é que mesmo sendo três ou quatro cores as pessoas se misturam e formam uma imagem só, uma pessoa, uma só cor.
O preconceito é com aqueles que absorvem todas as cores e não refletem nenhuma, ou com aqueles que continuam refletindo todas pra sempre. As eternas luzes brancas quando vão de encontro à um prisma viram arco-íris. Algo mais lindo?



Num ócio sem fim sento pra escrever sobre uma infinitude de coisas que passam pela minha cabeça. Reflexos que não posso distiguir. Enquanto isto vão ecoando pelas paredes da casa a voz de dona Irene (a empregada) falando sozinha, ou melhor, com seu balde de água.

Passo horas a corroer minhas unhas tentando em vão vencer a angústia egocêntrica de falar apenas de mim mesma. Já não sei escrever em terceira pessoa, tudo parte de mim.

Você é o braço do meu abraço
E este espaço entre nossos braços

E só pioro, além de correr atrás de tudo, corro dentro de mim mesma procurando algo num vão qualquer.

trechos de rascunhos quase não postáveis

2 comentários:

Anônimo disse...

Good!!
Very good!

Daniel Bento disse...

É Dona Lílian!!! O mundo gira cada vez mais rápido e as pessoas não mudam, ou mudam tão rápido que a gente nem percebe!!! Esse lance das cores eu achei bem interessante!!! Pudera eu pegar todas e fazer um quadro... o grave problema é que quando mais eu tento escolher minhas cores, mais elas me escolhem!!! Agora, falando baixinho pra que não acordar os dinossauros no telhado: O estilo sou eu quem escolhe!!! Isso me faz lembra um pouco uma frase do Nietszche que li na primeira página de um dos melhores livro que já li {A insustentável leveza do ser, dum cara chamado Milan Kundera}: "Torna-te inesquecível em tudo que faça, em qualquer instante"