14 de set. de 2008

Então, fica assim

Cansei dos poemas abaixo. Achei uma antigüidade.

Quando não tiver nada pra fazer tente conversar com você, não é por angustia, nem por prazer. É só porque não tem nada pra fazer.
Quando o dia amanhece e o sol não quer te ver, parece até que vai chover.
Eu sei que quem conjuga o verbo sou eu, mas eu não posso ensolarar. Quero o dia no meu bolso, a noite no meu carro e tudo a girar.
Dependo da química, da fisica, e da TV. Eu amo minha irmã, os meus pais e você.
Já me deram um cigarro, e eu nunca fumei. Já me venderam roupa suja que eu nunca usei.
Quando eu sento na mesa, é hora de almoçar. Quando deito na cama, é hora de rezar.
Aprendi quando criança que depois, o troco e vingança.
A vida é pesada, quase ninguém agüenta, tem uns que morrem jovens, outros morrem aos noventa.
Tem bebida que é quente, tem comida que é fria e tem quem não se enche.
Música que não tem fim, história com estopim e gente que não gosta de mim. Tudo sempre ocorre assim.

Estranho como este meu texto antigo me parece tão presente. Vida igual roda-gigante, gira gira e você tá presa no mesmo meio, no mesmo lugar, tá parada.

2 comentários:

Fernanda Pires disse...

Lilian...
Sem lógica (pra mim)
Mas porém muito Legal...

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.