19 de jun. de 2008

Todas as Cores do Amor


São poucos os filmes que chamam minha atenção, não gosto muito de filmes que tratam do assunto "amor", por serem muitas vezes melóticos e irreais tratando tudo como um mar de rosas. Mas o contraste que 'Todas as Cores do Amor' provoca diante destes filmes, mostrando o bissexualismo e homosexualismo de uma forma bem natural foi o que me chamou a atenção. Sem dúvidas este filme entrou pros meus preferidos, juntamente com algumas de suas falas como o início do filme sobre os peixinhos dourados só terem 3 segundos de memória, e a comparação disso com o amor.
Como não tive uma idéia para finalizar o texto, postarei a crítica do filme.

"O amor sempre foi tema recorrente do cinemão, o dito comercial, põem um tema fácil, uma bela atriz, um galã, uma trilha sonora pra lá de diabética e pronto, bilheteria gorda na certa, nem sempre é claro, mas as vezes, pode ainda correr o risco de ter a canção melosa mor do filme indicada ao Oscar e blá, blá, blá...
Felizmente, nem só de idéias comuns vive o cinema ao redor do globo, “Todas as cores do amor”, trata do tema amor de uma forma liberta, clara, objetiva, sem grandes filosofias: o homossexualismo, a descoberta do mesmo dentro de uma relação hetero, um filho em uma relação lésbica, professor universitário próximo dos 40 tentando descobrir o amor e a fugir do mesmo.
Angie é uma repórter de televisão, lésbica, sonha em ter um filho, mas, não consegue nem mesmo manter uma relação, Red, seu melhor amigo, está se envolvendo com David, que se diz hétero, mas interessado em Red, resta saber o que fazer com a sua namorada, Tom, o professor universitário, acha que só as garotas de 22 anos são interessantes, mas o que será que elas pensam dele?
São assim, estes jovens irlandeses, vão tentando se encontrar, acreditar no amor, neste mundo caótico. Em uma Irlanda diferente, os antigos valores religiosos dão lugar a estes jovens, que tentam entender as tantas dificuldades do tal amor, e a clássica pergunta permeia entre todos, o que é o amor, ele existe? Além deste roteiro inteligente, há a excelente direção de Liz Gill, que também assina o roteiro, a fotografia com um tom naturalista, e outra coisa a nos orgulhar, uma trilha sonora 70% bossa nova e com várias versões para músicas do mestre Tom Jobim."

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