24 de jun. de 2008

Meu Mal Hábito da Leitura.

Dizem que o primeiro livro a gente nunca esquece, mas eu esqueci. Lembro que na 1ª série a professora lia todos os dias um trecho do livro "O Barquinho Amarelo", acho que foi o primeiro que ouvi alguém ler. Mas o primeiro que li... não sei. Na estante da minha casa tinham vários livros de uma coleção que já não me lembro o nome, os livros variavam de Alice No País das Maravilhas, Os Três Porquinhos, Os Quatro Amigos, e mais alguns. Foi com eles que comecei a ler, o primeiro de fato, eu não sei.
Depois deles li alguns à pedidos da escola, e apenas pela escola se deu meu incentivo. Nunca tive o incentivo dentro de casa, claro... minha mãe sempre disse que ler é bom, meu pai sempre gostou de livros, jornal e revistas. Mas aquele empurrãozinho de me dar um livro de presente, e de vê-los realmente lendo sempre à ponto de me dar vontade de ler, não... nunca tive.
Talvez seja por isso meu mal costume com leitura, este ano já perdi a conta de livros que abandonei pela metade, mas eu tenho uma justificativa...
Realmente os livros me impressionam durante o decorrer das páginas, leio até os últimos capítulos com um agilidade enorme, mas quando vai chegando ao fim já me bate uma saudade antecipada do livro, não quero chegar ao fim, aquele livro que me acompanhou durante uma semana, nas horas mais solitárias, aquele livro que pesou minha mochila por uma semana agora simplesmente vou terminá-lo e depositar na estante? É difícil terminar o livro, perde aquele mistério do fim, nessas horas perco a curiosidade, não quero saber o fim, quem morre, quem vive, o que acontece.
E esta mania de não querer saber do fim, tem me feito abandonar todos os livros pela metade, Anjos e Demônios, 1968 - O Ano Que Não Terminou, e tantos outros. Até mesmo meu próprio livro, que escrevo o mínimo possivel para nunca chegar ao fim. Acho que se eu realmente escrevê-lo, não vou dar um fim à história, porque realmente odeio saber o fim.
E são tantos livros na estante sem terminar de ler, às vezes pego eles meses depois e termino só para falar "já li este livro". Não sei se por mal costume, ou preguiça. O fato é que as histórias que se passam pela minha cabeça nunca têm fins. Talvez venha daí minha dificuldade em concluir textos.
Então que fiquem assim, sem conclusão mesmo. A La Lílian.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Lílian, que ponto de vista interessante esse seu. Não deixa de ser uma bela declaração de amor aos livros, mesmo que seus desfechos não interessem tanto. Eu também não tive tanto estímulo para me enveredar pelo caminho das letras, mas pretendo tratar meus futuros filhos com outro nível de estímulo. Talvez dê certo.
"Nenhum adulto tem direito de criar uma criança sem antes cercá-la de livros", já escreveu alguém.
Beijão.

Anônimo disse...

intiresno muito, obrigado