Queria escrever um texto contando meu dia: sem parágrafos, muitos pontos e poucos detalhes, apenas observações.
" Acordei sem perceber. Levantei sem pestanejar. Comi sem saborear."
Foi neste ponto que apertei o 'back' e apaguei o projeto de texto. Sempre faço isso, é que viajo muito em meus textos, faço a leitura ficar chata. Talvez por isso eu nunca tenha conseguido escrever um livro, começo a detalhar muito a cena e esqueço o conteúdo que era pra por.
Talvez me daria bem como diretora de filmes, diretora de filmes... taí uma coisa legal. Eu gosto de ver o que eu mudaria nas personagens de um filme: uma roupa, cor da maquiagem, uma pinta... e principalmente a emoção da cena. Faria um filme de frases curtas, objetivas e amargas. Resumiria as falas todas no jeito sutil de olhar. E depois daria o título de 'uai'.
Uai, assim bem mineiro, que é a palavra que resume a frase inteira no óbvio do questionamento.
_ Você tá diferente comigo.
_ Uai.
É irônico, engraçado e não tem consoantes.
E se não tivesse tudo que 'falei' por escrito eu perguntaria: de onde o assunto começou? Retornaria na história aos poucos, fazendo pausas.
Quer saber? Meus filmes seriam todos assim, viajados como este texto. Não tem um porquê, ninguém sabe onde fica o começo, nem se tem fim.
27 de jul. de 2008
Viagem, das com J.
Postado por Lílian Alcântara às 03:12
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1 comentários:
Viagem é o que há! É ou não é?!
tá ai outra expressão que traduz...traduz o q?
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